A experiência filosofica

 




A experiência filosofica 





                                      A queda (2006), foto de Denis Darzacq


O que você vê? Um homem caindo?

Nem sempre o real é o que nos parece ser.

Olhe de novo: uma certa estranheza no “modo de cair” põe em

dúvida nossa constatação inicial. Intrigados, nós perguntamos sobre

o significado desse movimento: o que é isso? O que vejo de fato?

Essa fotografia faz parte de uma sequência de imagens de dançarinos-

malabaristas de rua em Paris. Nela, o fotógrafo conseguiu flagrar

o momento exato em que um dançarino está no meio de uma pirueta.

Essas fotos constituem a série A queda, que lhe rendeu o prêmio do

evento internacional World Press Photo 2007. Nessa série, Darzacq

imprimiu às imagens de aparente queda livre sua percepção das mobilizações

de jovens, a maioria estudantes, que em 2006 agitaram

a França em protesto contra o subaproveitamento da juventude no

mercado de trabalho.

Servindo-nos da sensação de espanto que essa foto provoca, podemos

fazer uma analogia com a filosofia. É ela que propicia um olhar

de estranheza diante de tudo que nos parece óbvio: a experiência

filosófica pressupõe constante disponibilidade para se surpreender

e indagar.

Filosofia de vida

As questões filosóficas fazem parte do nosso

cotidiano. Qualquer decisão que tomamos se baseia

sempre em reflexões que podem ser de natureza filosófica.

Por exemplo, existem critérios bem diferentes

para fundamentar nossas escolhas, como votar em

um candidato, trocar de emprego, praticar algum

esporte ou ir ao teatro durante o tempo livre. Essas

escolhas pressupõem valores que nos orientam,

ainda quando não temos muita clareza a respeito

deles. Ora, quando paramos para refletir sobre o

que é melhor para nossa vida, estamos fazendo um

exercício filosófico.

Do mesmo modo, quantas vezes você já se perguntou

sobre conceitos como amor, amizade, fidelidade,

solidão e morte? Certamente, já discutiu sobre

esses assuntos com seus amigos e observou que nem

sempre os pontos de vista coincidem.

A disposição para o filosofar decorre do fato de

sermos pessoas racionais e sensíveis, capazes de dar

sentido às coisas. Chamamos de filosofia de vida a

esse filosofar espontâneo.

Filosofia do especialista

A filosofia de vida é, na verdade, uma “pré-filosofia”,

apenas uma disposição para o filosofar, que

pode cumprir-se ou não. Já a filosofia do especialista

Frank & Ern (2003), tirinha t de Bob Thaves.

Luann (2001), tirinha de Gre Evans.

ocupa-se com o rigor do conceito, o que pressupõe

intimidade com a história da filosofia. De fato, desde

a Antiguidade, os filósofos são conhecidos por,

diante do saber cotidiano, levantarem problemas

questionarem o que parece óbvio e criarem conceitos

para compreender o que os surpreende.

Então, que tipo de pensar é esse do filósofo?

Não é melhor nem superior a todos os outros, mas

diferente, porque se propõe a problematizar nossos

pensamentos e nossas ações. Dessa atitude resulta

a experiência filosófica. Os filósofos estão sempre

questionando o mundo e a si mesmos, pois não aceitam

certezas absolutas e soluções rápidas. Por isso,

delimitam os problemas que os intrigam e buscam

o sentido desses pensamentos e ações

Se observarmos com atenção as tiras abaixo,

constataremos que tanto o personagem que pretende

pesquisar o significado da vida em um site como

aquele que não quer ter o seu sono perturbado respondem

de maneira pragmática aos questionamentos

filosóficos de seus interlocutores, sem perceber

que as perguntas a eles direcionadas constituem

problemas filosóficos permanentemente abertos à

discussão, para os quais não existe resposta unânime.

Pragmático: no contexto, aquilo que diz respeito à aplica ão

prática, à utilidade






atividades:

pergunta 01 Quando paramos pra refletir... o que é melhor pra nossa vida, estamos fazendo um exercicio filosofico?

5 linhas......

pergunta 02 Qundo eu penso na minha vida....

01 pagina........

 









No hay comentarios.:

Publicar un comentario